PREVALÊNCIA DAS MALOCLUSÕES EM ESTUDANTES DAS REDES MUNICIPAL E ESTADUAL DO MUNICÍPIO DE AUGUSTO CORRÊA, PARÁ

FERNANDES Aparecida Athayde FERNANDES, Carollyne Mota TIAGO, Luis Alfredo Athayde Fernandes, João Nazareno Quaresma, Paulo Roberto Aranha NOUER

Resumo


Introdução: A condição para uma correta oclusão consiste no adequado relacionamento das bases ósseas entre si e com os dentes, podendo ser alterada por fatores de risco, e induzir à ocorrência de uma maloclusão. Metodologia: O local da pesquisa foi nas escolas de ensino fundamental e médio do município Augusto Corrêa, do estado do Pará. As características avaliadas foram idade, sexo, classificação de Angle, alterações funcionais, e hábitos bucais deletérios. Os dados foram submetidos à análise estatística descritiva e a comparação entre os grupos foi avaliada por meio de testes qui-quadrado, com nível de significância de 0,05. Resultados: Foram examinados 618 participantes, de 7 a 17 anos de idade da zona urbana e rural. Nenhuma criança apresentou oclusão considerada normal, e houve associação estaticamente significante apenas entre maloclusão e idade (p = 0,007). Os residentes na zona rural apresentaram mais anormalidades de Classe II e III quando comparados aos moradores da zona urbana com Classe I (p = 0,001). A maioria não apresentou qualquer tipo de hábito deletério ou alteração funcional. Discussão: A prevalência e o tipo de maloclusão variam nas diferentes regiões do Brasil devido à sua colonização e miscigenação. Apesar de a condição socioeconômica apresentar-se como um fator natural para as disparidades de melhor condição de saúde, o que se revelou também foi a interação entre fatores genéticos e ambientais. Conclusão: Políticas de saúde bucal são urgentes para suprir a necessidade de tratamento odontológica dessa região.


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