CARDIOTOXICIDADE EM PACIENTES ONCOLÓGICOS PEDIÁTRICOS TRATADOS COM ANTRACICLINAS

Micaelle Chagas MORAIS, Maria Tereza Ferreira ALBUQUERQUE, Joaquim Guerra de Oliveira NETO

Resumo


As antraciclinas são agentes antineoplásicos bastante utilizados na atualidade, principalmente para o tratamento de linfomas, sarcomas, leucemia e câncer de mama. Embora eficientes, elas podem levar a graves efeitos colaterais, destacando-se a cardiotoxicidade. Sabendo da prevalência desses quimioterápicos na população oncológica pediátrica e dos efeitos tardios que impactam significativamente a qualidade de vida dos futuros adultos, esta pesquisa tem como objetivo definir o perfil dos pacientes oncológicos pediátricos que desenvolvem cardiotoxicidade após o uso de esquemas quimioterápicos com antracíclicos para o tratamento de leucemia linfoide aguda, leucemia mieloide aguda e osteossarcoma. Trata-se de um estudo descritivo, tipo censo, retrospectivo e transversal, com abordagem quantitativa. A amostra será composta por prontuários de pacientes que estiveram internados em um hospital de um município de referência no interior do estado do Maranhão, no período de 2018 a 2022. As variáveis a serem coletadas serão: sexo, idade do paciente, alterações do ecocardiograma antes, durante e após o tratamento e o tipo de neoplasia tratada. Os dados serão analisados utilizando programas estatísticos de relevância científica e serão apresentados por meio de gráficos e tabelas. Os resultados esperados são um maior desenvolvimento de cardiotoxicidade em crianças com menos de 4 anos de idade, de sexo feminino. Assim, a partir da descoberta do perfil dos pacientes, será possível que os profissionais da saúde tenham um olhar mais atento ao triar as crianças, antes mesmo de começar o tratamento oncológico, realizando condutas de prevenção ao dano cardíaco e não apenas de correção, reduzindo a cardiotoxicidade futura.

Palavras-chave: Antraciclinas. Cardiotoxicidade. Fatores de risco.


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