ANÁLISE DO PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DE SÍFILIS EM GESTANTES NO TOCANTINS NOS ANOS DE 2014 A 2021

Gabriela Brandão SCARAMUSSA, Raphael FRANCISCHETTO, Rodolfo Lima ARAUJO

Resumo


A Sífilis é uma doença causada pela bactéria Espiroqueta Treponema Pallidum, que pode ser transmitida por via sexual e materno-fetal vertical, que são vias diretas, ou pode ser por via indireta através de objetos perfuro-cortantes e contaminação sanguínea, se caracterizando em latente, primária, secundária ou terciária, e tem como consequência, quando não realizado o tratamento e pré-natal de forma correta, a Sífilis Congênita. O objetivo desse trabalho é analisar o perfil epidemiológico da sífilis gestacional no Tocantins nos anos de 2014 a 2021, levando em consideração as variáveis de idade, escolaridade e raça, e a sua correlação na sífilis congênita. Trata-se de um estudo epidemiológico, transversal, retrospectivo e descritivo, cujos dados foram extraídos do Sistema de Informação de Agravos e Notificação (SINAN). Foram verificados 3095 casos confirmados de sífilis gestacional, onde é predominante mulheres entre 20-39 anos (70,37%), com ensino médio completo (24,13%) e pardas (73,05%), e acarretaram 1821 casos de sífilis gestacional, sendo que 90,38% das mães haviam realizado pré-natal. Os dados epidemiológicos confirmam a fragilidade da assistência pré-natal prestada às gestantes, através da não adesão ao pré-natal diagnóstico tardio, tratamento inadequado e da não realização do tratamento do parceiro. Portanto entende-se a necessidade de levantamento de políticas públicas, que presem pelo alcance de informação da sociedade sobre tal perspectiva e a importância da realização do pré-natal.

Palavras-chave: Sífilis gestacional. Sífilis congênita. IST´s. Gestantes


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