DOENÇAS TROPICAIS NEGLIGENCIADAS: PANORAMA DE INCIDÊNCIA E INTERNAÇÕES HOSPITALARES ANTES E PÓS-PANDEMIA DA COVID-19 NO ESTADO DO TOCANTINS

Leonardo Pereira do Nascimento SILVA, Maria Katarina de Morais D’CAMINHA, Durval Nolasco NEVES NETO, Daiene Isabel da Silva LOPES

Resumo


Introdução: Em decorrência da pandemia de COVID-19, o sistema de saúde público enfrenta um dos seus maiores desafios da história, como reconsiderar a gestão da saúde e reforçar o Sistema Único de Saúde (SUS) frente a demanda da pandemia sem afligir o já saturado fluxo de atendimento mediante a ocorrência de Doenças Tropicais Negligenciadas (Dengue, Hanseníase, Leishmaniose Visceral, Leishmaniose Tegumentar Americana e Tuberculose). Objetivos: O presente estudo, tem como objetivo a análise temporal e espacial dos reflexos da pandemia de COVID-19 na incidência e internações hospitalares por Doenças Tropicais Negligenciadas no contexto antes e pós pandemia no Estado do Tocantins. Métodos: Refere-se a um estudo transversal sob análise quantitativa na perspectiva do número de casos e internações hospitalares por DTNs. O Sistema de Informações Hospitalares (SIH/SUS), Sistema de Informações de Agravos e Notificações (SINAN) e dados demográficos no estado do Tocantins retirados do sistema do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) foram as fontes de dados utilizados. Resultados e Discussão: Observou-se, no estado do Tocantins um declínio após o início da pandemia de COVID-19 no número de casos registrados pelas DTNs e redução de 65,18% nas internações hospitalares por Dengue, 55,73% por Hanseníase, 36,36% devido Leishmaniose Visceral e 12,34% por Leishmaniose Tegumentar Americana considerando os anos de 2018 a 2021. Dessa forma, percebida a relevância social e acadêmica que circunda a temática das DTNs, foi possível firmar a necessidade de estabelecer estratégias eficazes para minimização desse problema.

Palavras-chave: Doenças Tropicais. Negligenciadas. Pandemia. Tocantins.


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