LETRAMENTO ÉTNO-EPISTÊMICO OU EPISTEMOLOGIA DO ÉTNO-LETRAMENTO: ENSAIO A PARTIR DA EXPERIÊNCIA DA EDUCAÇÃO ESCOLAR INDÍGENA

Joaquim Paulo Maná de Lima KAXINAWÁ, Selmo Azevedo APONTES

Resumo


Esse texto objetiva realizar um relato de experiência em um programa que proporciona uma atuação junto aos professores indígenas, buscando problematizar as noções de Letramento clássico (SOARES, 2018, 2003), a partir de uma reflexão embasada em Sousa Santos (2010) chamada de “hermenêutica diatópica” que ampliamos para uma necessidade de organização/sistematização em forma de um letramento étnico-epistêmico, ou da necessidade epistêmica de um etnoletramento. O texto está dividido nas seguintes partes: O programa Ações Saberes Indígenas na Escola, contando um pouco do início do Programa no âmbito do Acre; Mas o que vem a ser “arte”?; Buscando uma definição de “arte” para balizar as discussões no texto; O modelo canônico de educação, refletindo sobre as bases da educação pretensamente universal; Lócus e hábitus segundo Bourdieu, para refletir que o conhecimento é localizado e direcionado a partir de perguntas fundamentais para problemas específicos; Letramento étno-epistêmico ou para uma epistemologia do etnoletramento, é a parte em que buscamos refletir, a partir do conceito clássico de letramento, ampliar a conceituação para que caiba dentro da nova perspectiva e situação dos desafios e projetos da educação escolar indígena; e palavras de encerramento para algo em construção.

Palavras-chave: Letramento Étno-epistêmico. Epistemologia. Étno-letramento: Educação Escolar Indígena. Saberes Indígenas na Escola.


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Referências


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