CONTAMINAÇÃO CRUZADA EM UMA CLÍNICA ESCOLA DE ODONTOLOGIA: RISCOS E CONDUTAS DURANTE PANDEMIA COVID-19

Layla Nayane Ferreira NERIS, Pedro Raynã de Souza SANTOS, Myrella Lessio CASTRO, Ana Lucia Roselino RIBEIRO

Resumo


Introdução: As medidas de biossegurança são métodos e normas que o profissional de saúde bucal deve aprender e adotar como protocolo desde a graduação. Isso porque a Odontologia a área da saúde em que o profissional e a sua equipe estão expostos a uma série de agentes patogênicos como bactérias, fungos e vírus, presentes em saliva, sangue e fluidos corporais. O ambiente clínico está sujeito à contaminação independente do procedimento realizado pelo cirurgião-dentista, o que leva ao risco da ocorrência de infecções cruzadas. Objetivo: Dessa forma, o objetivo deste trabalho foi investigar o conhecimento e hábitos sobre contaminação cruzada dos discentes de uma clínica-escola de Odontologia perante a pandemia do Covid-19. Metodologia: Foi aplicado um questionário por meio da plataforma Google Forms, elaborado pelos próprios pesquisadores. Os 105 alunos responderam 30 perguntas do questionário sobre o impacto da pandemia do Covid-19 em relação a mudança na prática da biossegurança. Resultados:96,2% tinham conhecimento sobre as novas normas de biossegurança estabelecidas desde do início da pandemia,72,1% dos entrevistados fazem o uso da máscara cirúrgica durante o atendimento, no entanto não sabem a sequência-padrão de desparamentação ao fim dos atendimentos e quando questionados sobre o uso do protetor facial, 48,1% dos acadêmicos utilizam protetor facial as vezes. Conclusão: Os discentes entrevistados foram capazes de reconhecer a importância da biossegurança na odontologia frente a pandemia do Sars-CoV-2 porém estão negligenciando procedimentos básicos que evitam a contaminação cruzada.

Palavras-chave: Clínica Odontológica. Equipamento de Proteção Individual. Biossegurança. COVID-19. Contaminação Cruzada.


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