PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DO TRAUMA CRANIOENCEFÁLICO NA REGIÃO NORTE DO BRASIL ENTRE 2010 E 2020

Sarah Guimarães TÔRRES, João Henrique Lins BALDO, Adriana Alves PROPÉRCIO

Resumo


O Trauma Cranioencefálico (TCE) ocorre quando uma força externa provoca alterações na fisiologia neural. É uma das principais causas de lesões debilitantes e, possui altas taxas de mortalidade. Portanto, conhecer a patologia e sua incidência é imprescindível. Desse modo o presente artigo objetiva descrever a epidemiologia do TCE no Brasil, de 2010 a 2020, e definir os aspectos mais relevantes na Região Norte. Trata-se de uma pesquisa descritiva que analisou dados do Ministério da Saúde e amplo embasamento bibliográfico. Durante o estudo, observou-se que a aceleração/desaceleração abrupta do cérebro, o choque direto ao crânio e a lesão ao parênquima encefálico foram acometimentos com alto índice de recorrência. Quanto à epidemiologia, o traumatismo intracraniano foi responsável por mais de um milhão de internações e custou aproximadamente R$ 1,8 bi para os cofres públicos. Na Região Norte, de 880 mil pacientes admitidos por lesões mecânicas, 86.957 apresentavam TCE e desses, 7.510 foram a óbito. O menor coeficiente de letalidade foi registrado na Região Sul (6,87%), enquanto no Sudeste, a taxa foi a mais alta do país (10,44%). A análise dos dados permite concluir que a quantia populacional não demonstrou relações diretas com a taxa de letalidade. No Pará e em Rondônia, por exemplo, os coeficientes estão entre os mais baixos do país apesar do alto número de habitantes e internações. Por fim, pode-se afirmar que o TCE é um acometimento frequente e de grande influência sobre o sistema brasileiro de saúde, motivo pelo qual se fazem necessários mais estudos e pesquisas.

Palavras-Chave: Brasil. Perfil epidemiológico. Traumatismos encefálicos


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